23/03/12

Manifestacoes Lisboa

filme: 
http://sicnoticias.sapo.pt/1428501


Em comunicado hoje emitido, a Direção Nacional da Polícia de Segurança  Pública (PSP) afirma que "tem feito com a antecedência necessária diversos  apelos aos órgãos de comunicação social (...) para a necessidade de  (de os jornalistas) se identificarem, colocando-se sempre do lado da barreira policial que os separa dos manifestantes em geral". 
"Continuamos a verificar que tal não aconteceu nas manifestações levadas  a efeito no dia de hoje e lamentavelmente tivemos necessidade de usar a  força pública, num contexto de arremesso de cadeiras, pedras e outros objetos  contra as forças policiais, que acabaram por originar ferimentos nos nossos  agentes", lê-se no comunicado. 
No entanto, a PSP, que faz acompanhar a nota com duas fotos em que se  vê um agente policial a dar uma bastonada numa fotojornalista da AFP, diz  que vai proceder a "averiguações (...) tendentes a verificar a legalidade  dos atos que as fotos demonstram", acrescentando que isso "será feito no  mais curto intervalo temporal". 
A PSP reitera ainda "a necessidade da correta identificação de todos  os jornalistas e da sua devida colocação no terreno para que este tipo de  situações não se volte a repetir". 
Dois jornalistas, um da agência Lusa e outra da AFP, ficaram hoje feridos  em incidentes com as forças policiais, no Chiado, em Lisboa, enquanto recolhiam  imagens da manifestação organizada pela Plataforma 15 de outubro, no âmbito  da greve geral convocada pela CGTP. 
A Direção de Informação da Lusa protestou "com a maior veemência" contra  "a agressão", por agentes da PSP, do fotógrafo da agência José Sena Goulão,  que estava "devidamente identificado como jornalista". 
O protesto foi formalizado, por carta, enviada ao diretor nacional da  PSP, superintendente Paulo Valente Gomes.  


"O comportamento das forças da PSP ao agredirem um jornalista em pleno  exercício das suas funções constitui a prática de um crime e uma grave violação  dos mais elementares direitos de personalidade do lesado, sem prejuízo da  simultânea violação do Estatuto do Jornalista, razão pela qual a Lusa e  o jornalista agredido se reservam o direito de recorrerem a todos os meios  ao seu dispor para obterem a necessária e devida reparação pelos atos ilícitos  cometidos", lê-se no texto assinado pela Direção de Informação da Lusa.
José Sena Goulão recebeu assistência no Hospital de São José, depois  de inicialmente ter sido socorrido pelo INEM no local. 

Lusa

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