25/05/11

100 reféns e bebedeiras...

Para aqueles que não têm tempo de ler o blogue 100 reféns de Tiago Mesquita aqui vai:
 
"A bebedeira da Sra. procuradora: 3,08g/l de "sangue no álcool"

Se conduzir não beba. Se for procurador, beber e conduzir não o faça em contramão. Uma procuradora apanhou uma bebedeira de caixão à cova e foi avistada por uma patrulha da Policia Municipal a descer uma rua em contramão no centro de Cascais, como se o mundo estivesse todo às avessas. E provavelmente até estava naquela cabecinha. Apanhada em flagrante "delitro", a senhora presentava uma taxa elevada de "sangue diluído no álcool". Mas era tão descabida a taxa que a senhora devia ser condecorada e não detida como aconteceu. É obra, e sem usar o cruise control. Devia haver um Guinness World Records dos procuradores. Ganhávamos em todas as categorias.

Os agentes caíram no erro de deter a senhora, quando toda a gente sabe que nestes casos há que parar o trânsito que venha no sentido errado (o certo portanto - dos sóbrios) e servir um Martini com duas pedras de gelo à senhora, não vá ela acabar mal a noite. Depois escoltá-la até casa. Detenção? Multa? Julgamento sumário? E vamos agora dar trabalho aos colegas da senhora procuradora, que depois têm de anular esta trapalhada toda? Mas estamos onde, no Texas? Estes tipos da Policia Municipal têm a mania que sabem da poda. Eles afinal servem para quê? São uma espécie de funcionários da Emel dentro de um carro com pirilampos.

Melhor do que esta história só me lembro do Senhor Manuel, um homem rijo dos seus 70 anos de idade e que todos os dias parava na tasca da aldeia antes de se pendurar na Famel Foguete e rumar a casa. Quis um dia o destino que um muro (o tal mundo que funciona ao contrário) se atravessasse à frente do coitado do Sr. Manuel. Acordou esticado num quintal com a cabeça enfiada num canteiro quando chegou o jipe da GNR. Soprou no balão e apresentou a módica quantidade de 4,05g/l. Ou seja, o homem era um frasco de formol ambulante. Mas o mais curioso foi quando um repórter lhe perguntou o que se tinha passado: "Não faço ideia nenhuma, parei ali em baixo e quase não bebi. Há dias em que lhe "chego bem", mas hoje foram só umas taças. Vinha na estrada devagar e a seguir à curva apareceu-me este muro à frente".

Ou seja a culpa foi obviamente de falta de álcool e não de excesso de consumo do mesmo, porque se o Sr. Manuel tivesse bebido o normal teria chegado a casa são e salvo, sem ter sido atacado de forma vil e cobarde no caminho por um muro de vivenda. A falta de álcool no sangue destabilizou este homem, não estava na plenitude das suas capacidades e por isso incapaz de conduzir um motociclo.
Agora só gostava de comparar a pena aplicada então ao Sr. Manuel com a que não irá ser aplicada à senhora procuradora para me rir mais um bocadinho. Um brinde à justiça portuguesa! Saúde!"

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